terça-feira, 9 de junho de 2015

Não chore pelo cappuccino derramado


Hoje o dia começou de um jeito estranho: eu comecei ele tendo um pesadelo. Mau presságio, uns diriam, eu apenas acreditava que as coisas estavam voltando ao seu normal... como? Bom, haviam meses em que eu não sonhava por conta de estresse e noites quase viradas então, o que vier é lucro, certo?, já somei três noites seguidas com sonhos esporádicos e sem nexo, mesmo o pesadelo é um sopro alegre nas minhas noites de blackout.

Apesar do "susto" e de estar atrasada, a manhã fluiu perfeitamente bem... ok, "perfeitamente bem" se não contarmos o cappuccino caindo na minha jaqueta... jaqueta essa que já havia provado o gosto de vinho (que nem era meu) e de vodka... ok, essa era minha. De toda e qualquer forma, vamos celebrar o fato de que, por 3 reais, eu estava tomando cappuccino e comendo pão de queijo.
Além do lanche, fui para o campus porque precisava apresentar um trabalho, uma espécie de prévia do meu TCC. Essas três letrinhas estão girando na minha cabeça a um bom tempo, parecia uma realidade distante mas ele está cada vez mais perto da minha porta, trazendo a tona o fato de que, chegou a hora de devolver para a sociedade o que ela investiu para que eu tivesse minha formação, em uma instituição pública e voltada para a pesquisa... é, vocês sabem como é, sem pressão.
Com o cappuccino derramado e os slides pouco memorizados, conseguimos nos virar bem na apresentação. A sala já estava praticamente vazia e meu relógio interno clamava pelo almoço que me aguardava do outro lado da rua, apesar da revolta interna, me senti muito confortável apresentando a pesquisa pois meu professor estava inteiramente atento e ele é um daqueles caras que, só de olhar, você já sabe que ele ama o que faz, e é bom nisso. Uma pessoa que eu admiro mas, minha fome tem suas ressalvas.
Para o almoço, decidi investir no projeto "eu me amo 2016" e metade do meu prato foi salada. Obviamente que meu estômago me deu solavancos o resto do dia por conta do investimento arriscado mas, nada que não pudéssemos superar com um pacote de biscoitos multi grãos, que me renderam bons minutos ouvindo Radiohead no Centro Acadêmico e pensando "por que diabos meu corpo precisa de tanta fibra?".
Dando continuidade ao meu dia, estava uma temida entrevista de estágio. Apesar dos freelas, estou me sentindo meio angustiada em estar fora do mercado e sedenta por aprendizado, mandei currículos como se não houvesse amanhã e a hora do retorno chegou... ou quase, a entrevista estava marcada para 15 horas.
Comecei minha jornada com um Sol totalmente inesperado para a gloriosa cidade de Townsv.... Curitiba. O nervosismo somado com esse fenômeno climático inesperado, me renderam uma leve camada de suor, que deixou de ser leve quando cheguei no endereço e: "não tem nenhuma empresa com esse nome aqui senhora".
Um prédio comercial com três torres e "nenhuma empresa com o esse nome aqui", imaginem meu desespero. Fiz a moça da recepção procurar por todos os nomes com quem eu havia trocado e-mails e nada. A solução? Mandar um e-mail para o entrevistador pedindo socorro. Com dois telefonemas e papel e caneta, esperei meia hora mas consegui passar pela minha entrevista. Não vou entrar em detalhes para não dar "jinx" (e porque sou muito cagona com essas coisas) mas, para resumir a história: consegui sobreviver a esse dia que tinha tudo para dar errado. Como? Fazendo marshmallows com as tempestades da minha cabeça ;)

0 comentários:

Postar um comentário

Copyright © 2014 East Harlem