quinta-feira, 15 de novembro de 2012

282/365 And you never did learn to let little people grow


Olá! Tudo bem com vocês? Acho que essa foi a melhor longa exposição que fiz! Não está nas cores originais porque decidi brincar um pouco no BeFunky para dar um tempo para o meu photoshop esfriar a cabeça haha (é só você se apegar as coisas que elas ficam temperamentais). O post de hoje foi escrito com um aroma de café recém-torrado, garrafas de cerveja batendo na mesa 4 e meu batucar de pernas incessante no chão do Comics.

Eu não sei se sou muito ingênua ou se, de fato, estou vendo as coisas de uma forma negativa mas aprendi muito como blogueira e queria deixar registrado aqui alguns desses conhecimentos para que, caso eu venha a fazer algo do que listarei abaixo no futuro, receba um puxão de orelha de vocês, certo?
Quando criei o East Harlem, eu não estava pensando em um número incrível de visualizações, estava fazendo como forma de provar a mim mesma que eu era capaz do que quisesse e que não deveria desistir das coisas em meio a dificuldades -um hábito desagradável que me acompanhou por muito tempo mas, 282 dias depois, já não demonstra sinais vitais. Eu duvidei que chegaria a completar o desafio, agora já estou visualizando posts para os próximos dias, viagens incríveis, uma futura universidade e, bem, todos aqueles sonhos que não passavam de notinhas empilhadas em um canto obscuro do meu quarto, transformaram-se em uma lista de "to do".
Como blogueira de terceira viagem, não tinha muito o que contar no começo da nossa história juntos, eu cheguei com uma câmera fotográfica compacta na mão, uma caixa de lápis de cor e uma tablet com pouco uso para desenhar um mundo só pra mim, quando as visitas somaram uma média de 40 visitantes diários, meu coração disparou e eu almejei sucesso mas sempre presa com um pé no chão para evitar que isso me subisse a cabeça, coisa que muitos blogueiros não tem feito.
Não vou citar nomes, são blogs que já foram citados aqui e alguns que descobri recentemente, infelizmente, todos saídos de uma mesma linha de produção. Eu acredito, de todo o coração, que ao criar um blog você não está se doando a ninguém. Você não deve se vender, deve permanecer fiel ao que acredita desde o princípio -se mudar de opinião, seja humilde e aceite a mudança mas nunca, em hipótese alguma, venda seu espaço para algo que você não usaria, defenderia, lutaria, viveria. Quando você cria um blog, você se torna uma pessoa pública, existem pessoas que se inspiram em você, elas te admiram por ser a imagem que vende em seu blog, seu pequeno espaço para colocar a boca no mundo então cuide dessa imagem, crie personagens para espantar a timidez mas, em hipótese alguma, finja ser o que não é para se adequar ao movimento.
Todos mudamos, isso é fato, é visível nos meus textos que mudei ao longo do desafio mas se tem algo que eu não fiz, foi fingir para vocês que sou um ser etéreo, bom de coração, uma perfeita dama, protetora dos animais e dos direitos humanos, religiosa, devota, política, culta ou filosofa! Foram 288 postagens até então (289 contando com essa) e eu fui sincera, esdruxula, falha, meio babaca, tímida, agressiva, carente, forte, fraca, desajeitada, fotógrafa, cantora, nerd, mumfan, sonhadora, atrapalhada, um desastre de gente, grossa até que me peçam para parar! Eu fiz e escrevi tudo o que mostrei para vocês porque não quis vender a imagem de ser a garota perfeita, em um mundo mágico onde nada de ruim acontece além de possíveis haters que venham a aparecer devido ao seu sucesso. Eu tive e tenho problemas, desabafei e confiei em vocês, eu xinguei, falei muitos palavrões (mesmo sabendo que algumas pessoas ficam incomodadas, infelizmente, isso faz parte do meu lado real e nada bonitinho), chorei escrevendo, chorei lendo, sorri, reformulei e transcrevi meus sentimentos, preocupada sempre em proteger a identidade dos envolvidos, compartilhei cada momento do meu ano com vocês e fui sincera até o fim.
Agora vocês devem estar confusos e pensando "o que diabos ela está querendo dizer?" ou "você está tentando se autopromover?" mas, tudo o que eu peço, é que, se vocês decidirem por criar um blog, sejam sinceros, primeiramente, com vocês mesmos! Estou farta de ler textos apaixonados digitados por mentes malignas (drama, ok), cansada de textos entupidos de propagandas (autopromoção está inclusa), cansada de pessoas vendendo uma imagem de coitadas, políticas, líderes natos, filósofos, poetas incompreendidos, almas solitárias, seres incompreendidos, filhos rebeldes, princesas (tanto as de aba reta quanto as avoadas), cansada de abrir meu tumblr vendo adolescentes injuriados reclamando de sua solidão e de revolucionários do facebook! Entendam que tudo o que vocês tem é acesso a internet pago pelos pais de vocês, vocês não são nada e não tem o direito de iludir, difamar, desrespeitar, enganar ou humilhar qualquer outro usuário da rede mundial de computadores, se coloquem no seu lugar, aprendam a serem pessoas de verdade e, só então, criem um blog.
Conheço pessoas incríveis, escritores que realmente estão andando pela rua com um café na mão e, com um estalo, deixam o mundo inspirar seus textos e devido a esse mundo online tão hostil, se vem abrindo o bloco de notas apenas para desabafar. Uma dessas pessoas, é uma leitora fiel que prefiro chamar de Poulain! Ela saberá que é sobre ela e ninguém irá atormentá-la por isso... ela tem textos incríveis mas não os publica, ela tira fotos fantásticas com toda uma preparação e carinho mas não as posta, eu tento mostrar a ela todo o seu brilho mas ela o mantém para si, tudo porque é impossível de se virar nesse mundo online sem dar a cara a bater e, sendo sinceros, quem quer apanhar? Quem quer receber críticas escritas devido a inveja? A internet é uma arma poderosa, ela faz com que as pessoas se sintam titãs através do anonimato e, é, isso machuca. Eu queria muito, muito mesmo, ver a Poulain e a Jess como blogueiras fantásticas, inspirando milhões e, por que?
Porque elas são sinceras.

(minhas perninhas sexys a luz do poste da Linha Verde, sintam-se c-duzidos)

Depois de dar esse leve tapa na face da sociedade, me despeço de vocês para me abraçar com mais um capítulo do meu mais novo caçador de vampiros favorito! Espero que estejam gostado desse meu retorno pelas sombras (momento Batman agora haha) e também espero ver vocês no Comics! u.u só dois dos meus bonitos leitores (aqueles que não estudam comigo e foram de caravana) foram lá conhecer :c
Lembrem-se: peixes são amigos, não comida.

PS: Estou tentando falar dessa música tem diiiiiiias mas nenhum momento parecia adequado -nem esse parece mas quero muito falar.
PS²: Blackberry stone foi a música tema da minha depressão pós-prova da Federal (fui fazer as contas e a ouvi 17 vezes!) alternando somente com Holland Road, Hopeless Wanderer e Babel. Ela pode soar meio depressiva agora que estou mais animada -porém dopada... a trilha sonora de hoje tinha de ser I DON'T wanna be sedated do Ramones, de qualquer forma, a letra é incrível (e me faz ficar pensando se não seria um tapa na cara do Marcus hahaha Br00bs, onde então suas teorias).

PS³: Sério, isso foi a minha madrugada do dia 11 para o dia 12 e a razão pela qual eu faltei aula.
PS²+²: Caso alguém queira me adicionar no last.fm e me mandar indicações de músicas (não precisa ser necessariamente para depressão tá? Passei já, preciso de algo que me mantenha acordada porque os meus remédios não estão ajudando) é só clicar aqui.

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